Sem muitos sentimentos, sem muitas emoções. Tristeza,
solidão, palavras feridas e orgulho insensível: de todos os amores, de todas as
loucuras, de todas as sensações, de tudo que se chama vida. Papel, lápis, um café, pensamentos, conflitos,
fazem surgir um dos mais incríveis monólogos que a solidão já criou.
Escrever, borrar, apagar, reescrever, parar, pensar. A vida
se torna cansativa, quando as histórias não possuem um final feliz e de fácil
entendimento. Viver esse momento, fantasiar grandes realizações, imaginar que
está perto e poder olhar e dizer: ‘obrigado por estar aqui’, nunca foi tão
emocionante. Você acorda, agradece pelo dia, pela noite, agradece por tantas
coisas, que se esquece de que existe um vazio eterno e com grandes placas
plásticas que te fazem enganar-se com o pouco. Entende onde quero chegar?
A facilidade da escrita permite sempre reeditar suas ideias
e pensamentos, sem críticas que impactam a existência. Cada um é responsável
pelo que cativas, que também são responsáveis pelos erros exercidos
desejosamente. Quem sou, pra julgar atos alheios? Mais do que um simples propalador
de grandes acidezes, que em sua maioria, são ignoradas ou não compreendidas.
Não descrevo o eu lírico, que pertence à alma, descrevo o senso comum, que
deveria ser obrigatório. Incrivelmente ao olhar os caminhos ultrapassados, o
que foi deixado de lado e as substituições, que são capazes de gerar um notório
enredo dos mistérios da vida, fazem muitos delírios se transformarem em grandes
verdades, que só contemplam a quem acredita. Olhos fechados, boca entre aberta,
sonhos e pesadelos, creditados nos seus pensamentos, que nunca foram tão
singelos enquanto em mente e agora que digitados no tato, ganham vida, dão
vida. Realidade ou não, o que é dito por ‘’meia boca’’ faz e gera mais ibope,
mesmo sendo inutilizado pela sociedade ignorante e acerbado pela sociedade
culta. Essa combustão excessiva de efeitos confunde cada vez mais a mente de
quem realmente, ainda não está preparado pra ter que aceitar grandes mudanças, TAPAS.
Mas o dia há de chegar, os pensamentos, irão se encaixar, as palavras irão sair
e o mundo será cheio de cor e brilho, aos olhos dos que alcançam a sua
exclusiva liberdade. Não existem nomenclaturas, não existem protocolos, nem
diretórios que ensinam. Vida é pessoal e intransferível. Não expresso, as
ideias como se fossem minhas críticas, pois deveras não tenho permissão pra
fazê-las, tudo isso dentro de um contexto ‘natural e proibitivo’; mas é preciso
negritar a exigência que a população ignorante exerce, sendo indiferente com a
sociedade, àquela mesma que habitam e esquecem-se de que precisam dela pra
sobrevivência, social, pessoal, amorosa, financeira. Muitos criticam a
‘sociedade’, USAM, sem ao menos ter o prazer do que é estar em grupo e
permanecer na exclusividade. O sociável, ele é o cara que tem grandes possibilidades de
sucesso em conquistas simples. O que falta, é uma comunicação clara e evidente,
ao qual é extremamente esquecida e deixada de lado, um ABUSO. Existe a preguiça
harmonizada com a vontade de ser o outro; novamente, em palavras mais claras:
‘’É preciso ser único e exclusivo’’. O outro somente será o espelho, para o reflexo
do que podemos ser no futuro, conquistados por méritos. Será que o um dia, existirá uma grande convenção,
de convencimentos sobre a necessidade de ser você essência pessoal?
Palavras sábias, às vezes traduzem ignorância ou
desentendimento. O que há necessidade e é preciso é deixar registrado, são
documentos de estudos sobre comportamento. Quem entende a finalidade das
palavras, já vivência a ousada sensibilidade.
‘‘De que vale a sagacidade de existir, se essa existência não tem raízes profundas, hidratadas pelo cérebro?’’.